A imagem retrata desenhos de um grupo de mulheres de cabelos longos e castanhos, sentadas conversando em volta de uma bancada. Uma delas toca violão. A mulher do lado direito usa vestido sem mangas rosa, com listras vermelhas; ela está com uma das mãos no ouvido direito. Ao redor dela, surge do alto do quadro mãos empunhando facas. Na mesa, bacia com alimentos que parecem batatas. Na frente dela (no lado esquerdo da imagem), uma mulher com vestido de fundo rosa com listra larga marrom no centro das costas e formas geométricas vermelhas parecendo balões. Ela também está prestes a ser apunhalada nas costas. Por fim, a terceira mulher está ao fundo, tocando violão. Ela veste camisa de manga curta branca de bolinhas vermelhas. Na parede atrás delas, formas abstratas nos tons de vermelho, laranja, cinza e preto.exposição de
Alex Frechette

abertura
28 out, 15h

visitação
28 out a 7 jan 24
terça a domingo
das 11h às 19h

local
galerias do 1º andar

Gratuito

classificação indicativa AL (livre)

 

Sinopse

A exposição de Alex Frechette explora os acontecimentos de 8 de janeiro de 2023, quando indivíduos buscaram promover um golpe de estado, resultando em danos a noção de democracia e aos edifícios do Palácio do Planalto, Superior Tribunal Federal e Congresso Nacional, bem como às obras de arte modernistas que ocupavam esses espaços em Brasília.

A exposição apresenta 11 telas em acrílica de diversos tamanhos, incluindo um mural de 5 metros por 1,65, inspirado pelo estilo modernista muralista.

O título da exposição estabelece um diálogo com a crítica de Bruno Latour à concepção tradicional de modernidade, ressaltando que esta não é uma narrativa linear, mas um campo complexo de interações.

Os trabalhos de Alex Frechette mostram o ataque aos ícones modernistas, como os danos à tela de Di Cavalcanti, os azulejos e o muro escultórico de Athos Bulcão, a pichação na escultura da Justiça de Alfredo Ceschiatti e a depredação nos prédios projetados por Oscar Niemeyer. Estes ataques parecem questionar o próprio projeto de modernidade, exigindo uma análise da relação entre ação, cultura e contexto histórico.

As obras da exposição refletem o repúdio aos eventos que buscaram um golpe de estado e também se debruçam sobre as noções tradicionais de progresso ao retratar as cenas de destruição no estilo dos primeiros modernistas.

Alex Frechette

Artista visual e doutorando em Artes pela UERJ, reside e trabalha em Niterói-RJ. Seu trabalho engloba desenhos, pinturas, objetos e vídeos, explorando elementos do cotidiano social brasileiro e seus desdobramentos, pulsões e tensões numa busca por discussões sobre história, memória, ativismos e processos poéticos contra-hegemônicos.